A “Teoria da Subversão” de Yuri Bezmenov está sendo cumprida?
Para quem lida com o que chamamos popularmente de batalha cultural, o nome de Tomas David Schuman, mais conhecido apenas como Yuri Bezmenov, é bastante familiar. Dificilmente alguém do ramo desconhece a história e as palestras do ex-agente da KGB nascido na União Soviética, que nos anos 80 ficou famoso por difundir o conceito da “Teoria da Subversão”.
Se você é um cristão e nunca ouviu falar de Yuri Bezmenov, precisa ler esse artigo até o final, pois o conceito de subversão usado por ele tem tudo a ver com a luta que nós, cristãos, travamos na cultura atual contra tudo o que vai de encontro aos nossos princípios e valores. Bezmenov foi um jornalista da agência de notícias russa RIA Novosti, que foi usada como instrumento para a difusão dos ideais comunistas da União Soviética durante o período da Guerra Fria.
O objetivo foi consolidar, entre outros, o que o filósofo comunista italiano Antônio Gramsci chamava de “Revolução Cultural“.
Ao perceber que os ícones soviéticos não toleravam divergências ideológicas, agindo de forma totalitária, Bezmenov aproveitou a sua atuação como informante da KGB em outros países, especialmente a Índia, onde viveu por anos, para desertar para o Ocidente, passando a morar no Canadá, onde morreu aos 54 anos em 1993.
Durante essa época, Bezmenov passou a produzir conteúdos com a intenção de alertar o mundo Ocidental sobre os objetivos por trás da “Revolução Cultural” pregada pelos comunistas. Ele publicou livros, matérias, concedeu entrevistas e fez inúmeras palestras, sendo essas últimas as mais conhecidas internacionalmente.
Resumidamente, essa tal “revolução” é nada mais do que a substituição de uma cultura vigente por outra, mas a partir de mecanismos inseridos sistematicamente ao longo de gerações, a fim de destruir por completo os maiores pilares das gerações passadas da forma mais imperceptível possível.
Segundo Bezmenov, isso acontece através de quatro fases distintas, que são:
01 – Desmoralização: período que pode durar até 20 anos (sociologicamente, uma geração dura cerca de 15 anos) e tem por objetivo principal produzir conteúdos opostos aos da cultura vigente. Nessa fase os principais alvos são a educação, religião, cultura e a política;
02 – Desestabilização: esse período dura até 5 anos e é marcado por uma ofensiva mais explícita contra os valores vigentes, uma vez que já houve avanço na fase da desmoralização. Podemos dizer que é o momento em que os “coletivos” aparecem e passam a fazer reivindicações;
03 – Crise: essa é uma fase que, segundo Bezmenov, pode durar até 6 meses. Se trata de um período onde aparecem os resultados das fases anteriores. Temos aqui uma sociedade desestabilizada moral, política e culturalmente, ficando vulnerável ao surgimento de regimes autoritários, por exemplo;
04 – Normalização: esse é o período em que entram em cena os novos agentes sociais, os representantes da “revolução”, assumindo o poder e consequentemente o controle social. Teoricamente esta é a fase que deve durar e se manter.
A Teoria da Subversão é real?
Os conceitos difundidos por Yuri Bezmenov são vistos por alguns como frutos de uma teoria conspiratória. Entretanto, ele mesmo explica em suas palestras que essa é uma visão “útil” para os objetivos da própria revolução, visto que a ignorância em relação à realidade dos fatos facilita o trabalho de quem possui consciência sobre este processo.
Em outras palavras, a ideia de fazer parecer algo absurdo, a fim de que a maioria das pessoas não perceba que está sendo vítima de um mecanismo que visa, em última instância, o controle social, faz parte da própria estratégia de desmoralização, desestabilização, crise e normalização.
Meu objetivo aqui não é cravar o que é ou não real, mas sim fazer você pensar por conta própria a partir do que vem acontecendo no mundo há décadas, especialmente nos últimos anos. Essa cronologia é bem explicitada por Bezmenov ao apontar os alicerces morais da herança judaico-cristã como os principais alvos da revolução cultural.
Do ponto de vista escatológico, a Bíblia Sagrada nos alerta sobre a decadência moral da humanidade e a ascensão de regimes anticristãos nos “últimos dias”, visto que “o mundo jaz no maligno”. Portanto, não estamos tratando de nada que Cristo já não tenha nos alertado.
Todavia, saber identificar a forma como tudo isso se estabelece nas diferentes épocas é o que é vital para cada geração, pois isso nos permite reagir de forma apropriada. Não é por acaso que o cristianismo vem sendo cada vez mais atacado em âmbito cultural, ao mesmo tempo em que assistimos aberrações morais surgirem com status de normalidade.
Conteúdos como os de Yuri Bezmenov podem nos ajudar a refletir sobre o modo como essas coisas vêm acontecendo. Portanto, é possível dizer que a Teoria da Subversão está sendo cumprida diante dos nossos olhos?
Olhe ao seu redor, veja os noticiários e tire suas conclusões.
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